domingo, 7 de novembro de 2010

Os nossos moinhos



Os moinhos tiveram muita importância, como centros de transformação dos cereais em farínha, para as comunidades poderem fazer o pão.
Hoje em dia, já não tendo essa função, poderão ser recuperados e funcionarem como centros de lazer e repouso, tornando-se uma mais valia do turismo de montanha.
Ainda hoje, sem telhado e com as paredes destruídas, os moinhos são lindos e embelezam montanhas e vales.
É pena que muitos estejam completamente abandonados e, a outros tenham sido retiradas as suas mós para enfeitar jardins.

3 comentários:

  1. São vários os exemplares de moinhos que se mantêm firmes e tradicionalmente inalteráveis e implacáveis face ao devastador poder de destruição humana.
    A relação que o homem estabelece com a natureza é cada vez mais desrespeitadora e incompreensível, abatendo-se gratuitamente árvores lendárias e de grande porte, para se construírem estradas, caminhos, ou simplesmente porque não ficam bem no nosso jardim, ou ainda, porque faz sombra para a janela do vizinho…etc.
    O mesmo tem acontecido com o nosso riquíssimo património rural, com inúmeras casas tradicionais a serem demolidas, dando lugar a casas de pouca relevância estética e funcional.
    Os nossos Moinhos têm sido um exemplo de resistência ao longo de diferentes gerações. Não pela vontade em preservar o património existente, mas sim pela dificuldade de acessos e localizações pouco expostas, tendo em conta a função a que se destinavam.
    “Toda a Arquitectura Tradicional tem engenho.”
    Toda a sua imagem resulta de um conjunto de características que auxiliavam o homem nas tarefas árduas do campo. Quem não se lembra dos lagares de azeite, …de vinho, …das pias em pedras, etc. … Os Moinhos também. Todos possuem mecanismos de pedra que, de uma forma engenhosa, participavam activamente na vida quotidiana do homem rural.
    O que tem acontecido a este património? Qual tem sido o seu destino?
    Em boa verdade digo que, seja lá qual for o seu destino, é sempre de enaltecer a preservação das memórias de outros tempos, tal como elas eram, embora a função a que se destinam não seja a mesma.
    Lamentável, é quando se retira este património do seu lugar de origem, para se ornamentarem jardins, praças ou casas de valor questionável.
    Seja Turismo, seja museu, seja simplesmente para usufruto habitacional ou outro, todo este legado de outrora deve ser mantido tal como foi em tempos.
    Os Moinhos, na sua generalidade, dão-nos essa possibilidade. Mantêm-se intactos e com uma forte “personalidade”. São um exemplo de preservação natural de um património ainda virgem.
    Não havendo uma mentalidade verdadeiramente preservadora do património, espero que haja o bom senso, de pelo memos, se manter tudo tal como se encontram.
    “É preferível um exemplar em ruína e abandonado, a um exemplar novo e descaracterizado.”

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  2. Já agora, queria dar-te as boas vindas ao mundo da Blogosfera. É sempre bom quando se partilham conhecimentos e sabedoria com ouras pessoas. Parabéns pela iniciativa

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  3. Nos anos 60 do século XX mais de 11 mil moinhos operavam comercialmente em Portugal. Hoje, a maior parte destas estruturas seculares caiu em ruína.
    O património molinológico, depois de décadas de abandono, parece agora recuperar. Vale a boa vontade de umas quantas entidades que vêem nos antigos moinhos modelos de desenvolvimento rural, com uma nova função social e económica.

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